Olá amigos, escrever sobre música tem se tornado um ofício muito prazeroso para mim, pois gosto de descobrir bandas de rock e mais que apreciar os novos achados, dividir com vocês só aumenta a minha responsabilidade em realizar de pesquisas objetivas com o intuito de trazer conteúdo de alta qualidade e assim continuar nessa auspiciosa missão de difundir o bom rock n’ roll clássico como também suas vertentes. O maior desafio que tenho encontrado é apresentar bandas pouco conhecidas no radar brasileiro, principalmente aquelas que tiveram um curto período de atividade.
A banda Swedish Erotica entrou no meu caminho há pouco tempo, mas cativou os meus sentidos para música desde o início, com acordes “farofentos”, que para mim não passa de um termo insípido para se referir a trechos ritmados e que revelam interessante sintonia do arranjo da banda de modo geral. Em outras palavras, são músicas com boas chances de serem bem-vindas nas rádios sem um filtro tão exigente de elementos que comprovem verdadeiramente sua qualidade. Bem, esse grupo sueco foi formado em 1985 e permaneceu ativo até 1996. Falarei sobre o álbum que leva o mesmo nome da banda, lançado em 1989, pela gravadora britânica Virgin Records.
A abertura do disco fica por conta da poderosa “Rock N’ Roll City” (Cidade do Rock N’ Roll”), que tem uma introdução bem oitentista e já cita na primeira estrofe nada menos que Keith Moon, ex-baterista da banda The Who, que faleceu em 1978. Outras estrelas do rock são mencionadas ao longo da música, como John Lennon, Buddy Holly, Jim Morrison, Jimi Hendrix entre outros. Mas tudo não passou de um sonho do nosso protagonista que dormiu no volante. As guitarras estão ótimas nesse som e o vocal é intensamente agradável.
A faixa intitulada “We're Wild Young and Free” (Nós Somos Loucos, Jovens e Livres) é como um grito de liberdade, onde jovens clamam por novos tempos, enfatizando que as ditaduras fazem parte do passado, com uma bela citação ao ator James Dean (1931-1955), famoso pelo filme “Rebel Without a Cause” (Juventude Transviada), de 1955, onde interpreta o problemático Jim Stark. Destaco o ótimo trabalho de vocais de fundo, um coro muito bem delineado, para mim o trecho mais grudento de todo o álbum.
Em “Hollywood Dreams” (Sonhos de Hollywood) os acordes de violão são precedidos do silêncio e uma pesada respiração que protagonizam e deixam as guitarras em segundo plano, sinto muito, mas dessa vez nem a bateria conseguiu fazer frente. A banda novamente lança mão de coros bem executados para “You might get nighmares livin’ out all your Hollywood dreams” (Você pode obter pesadelos vivendo todos os seus sonhos de Hollywood). A letra faz referências para quem anseia debutar e se estabelecer num dos epicentros mais importantes do cinema mundial, sugerindo atenção para eventuais miragens.
Em “Downtown” (Centro da Cidade) até Bon Jovi faz parte da festa, a música tem nos seus quase quatro minutos muito alto-astral e espaço zero para gente desanimada. A contagem regressiva inicial é somente para preparar o grito entalado na garganta de “Party all night, rockin’ all night” (Festa a noite toda, rock a noite toda). O trabalho instrumental é muito equilibrado, mas destaco os vocais, algo neles faz a música não sentir o peso dos mais de trinta anos desde o lançamento, como se não envelhecesse.
O disco conta com um total de 12 faixas, sendo a última uma versão acústica de “Hollywood Dreams”. Eu não tenho (ainda) a versão física, mas pretendo adquirir em breve, e quando isso acontecer trarei fotos para vocês. Por enquanto, apresento algumas imagens obtidas na internet. Antes que me perguntem eu já antecipo a responder que “sim”, eles são uma banda que logo de cara é possível notar o “cheiro” comercial, não à toa muitas menções a artistas consagrados são feitas em várias músicas. Entretanto, não vejo mal algum nisso, desde que a produção seja honesta e eficiente para quem aprecia um bom trabalho.
Outro ponto que faço questão de observar é com relação ao nome da banda. Infelizmente “Swedish Erotica” é um nome bem genérico e quando realizei pesquisa para conhecer o trabalho deles, muitas referências eróticas surgiram na primeira página de pesquisa. O primeiro nome da banda, lá nos idos de 1985 era “Swedish Beauty” (Beleza Sueca), mas não durou muito e “Erotica Sueca” (tradução livre) acabou sendo a ideia que permaneceu e repercutiu por todo o trabalho conhecido até o presente momento. Fica aqui o meu alerta para evitar que o garimpo dessa banda seja realizado ao alcance de crianças e mesmo a menores de idade (adolescentes), grande parte do resultado das pesquisas feitas com as palavras-chave Swedish+Erotica é expressamente inapropriado.
Integrantes:
Matt S. Levén - vocais principais, vocais de fundo, teclados
Magnus Axx - solo, ritmo e guitarras acústicas, vocais de fundo
Morgan Le Fay - solo, ritmo e guitarras acústicas, vocais de fundo
Johnny D' Fox - baixo, vocais de fundo
B.C. Strike - bateria, vocais de fundo
Faixas:
1. ROCK’ N’ ROLL CITY
2. LOVE ON THE LINE
3. WE’RE WILD, YOUNG AND FREE
4. HOLLYWOOD DREAMS
5. LOVE HUNGER
6. LOVE ME OR LEAVE ME
7. DOWNTOWN
8. SHE DRIVES ME CRAZY
9. LOADED GUN
10. RIP IT OFF
11. BREAK THE WALLS
12. HOLLYWOOD DREAMS (versão acústica)
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Bom pessoal, vou ficando por aqui, espero que tenham despertado interesse em conhecer o trabalho da Swedish Erotica e que as músicas deles causem em vocês o mesmo prazer que me proporcionou ao escutá-los. Voltarei em breve comentando sobre outra banda, sempre pincelando minhas impressões e dividindo com vocês.
Minhas fontes de pesquisa: páginas da web Wikipedia (para conhecer um pouco sobre a história da banda) e Metal Music Archives (nomes dos integrantes). O restante escrito no texto acima foram desenvolvidos pela minha pequena e essencial massa cinzenta – risos.
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