Olá amigos, escrever sobre música não é fácil quanto ter o simples descompromisso de colocar um disco para tocar e simplesmente escutar. Escrever vai muito além porque é uma tarefa impossível reproduzirmos o real sentido daquele som que escutamos, por diversas razões. Mas música não serve para ser lógica, como um cálculo de aritmética, a música serve para mexer com os nossos sentidos, sob todas as formas, e de fato atinge esse intuito. Podemos ter reações diferentes para a mesma música quando a escutamos em momentos diferentes de nossas vidas. E uma frase que escutei certa vez define bem o que penso sobre o assunto: música boa nunca envelhece ou perde o sentido, música de qualidade será boa em qualquer tempo. E acredito solenemente nisso!
Estou escrevendo neste momento ao som de “Highway Star”, um “classicão” do Deep Purple, na versão ao vivo, que abre o CD “Deep Purple – Live in Concert”, com temas tocados entre os anos de 2013 e 2014, na Alemanha, Suécia e Japão. Bom, agora já estou na segunda faixa “Into the Fire”, outro som pesado e com trabalho de banda inquestionável. Não vou aqui falar sobre a história do Deep Purple (pelo menos não nesta postagem), já que a conversa de “bar” aqui é mais informal e o meu objetivo é apresentar o disco “Live in Concert”.
Sou suspeito para falar sobre trabalhos ao vivo, gosto mais que material de estúdio pela simples razão de que ao vivo a banda tem mais liberdade de execução, além do desafio de tocar para uma plateia enorme. Quando me refiro a liberdade de execução, quero dizer que sou amplamente favorável ao improviso, sem deixar que a versão original perca a essência. Em outras palavras, ao vivo você tem a naturalidade do artista, quando que no estúdio, fechado, o que sai dali é resultado de semanas, dias, horas exaustivas para acertar “um ponto” (que nunca mais será o mesmo dali para frente). O estúdio é ponto de partida, a partir dali a música se transformará (e eu sempre torço que para melhor). No palco temos a melhor versão da espontaneidade em ação.
O disco é uma compilação de shows realizados entre os anos de 2013 e 2014 na Alemanha (Wacken), Suécia (Gaevle) e Tokyo. Pelo que pesquisei não pertence a discografia oficial da banda, o que não impede de ter na coleção, uma vez que são mais de 75 minutos de puro rock n’ roll. Abaixo as faixas que compõem esse excelente registro ao vivo:
01. Highway Star, duração de 6:48 minutos (Wacken, 2013).
02. Into the Fire, duração de 3:25 minutos (Wacken, 2013).
03. Hard Lovin’ Man, duração de 6:48 minutos (Tokyo, 2014).
04. Strange Kind of Woman, duração de 6:12 minutos (Tokyo, 2014).
05. Lazy, duração de 8:35 minutos (Tokyo, 2014).
06. No One Came, duração de 5:15 minutos (Gaevle, 2013).
07. Perfect Strangers, duração de 6:04 minutos (Tokyo, 2014).
08. Space Truckin’, duração de 6:00 minutos (Tokyo, 2014).
09. Smoke on the Water, duração de 6:59 minutos (Tokyo, 2014).
10. Green Onions / Hush, duração de 7:20 minutos (Wacken, 2013).
11. Black Night, duração de 7:42 minutos (Tokyo, 2014).
O disco foi produzido pelo selo e.a.r music (www.ear-music.net) e no encarte é informado todos os créditos das músicas. O CD foi lançado em 18/08/2017. Comprei pelo site americano Blowitoutahere (www.blowitoutahere.com), com o valor de U$ 5,58 + frete dentro dos Estados Unidos. Convertido em reais, tudo custou aproximadamente R$ 35,00. Lembrando que esse site não envia para o Brasil, é necessário utilizar serviço de redirecionamento.
Pontos positivos do material: gravação muito bem equalizada (em outras palavras, som equilibrado), arte do CD bacana, preço acessível e um objeto importante para compor a coleção de todo roqueiro clássico. Todas as músicas são verdadeiras “pedradas”, um som que faz muito bem para a alma!
Pontos negativos do material: encarte muito pobre, carece de mais imagens dessa turnê em que as músicas foram extraídas, bem como informações básicas sobre os integrantes da banda e o que tocam cada um. Eu conheço a banda, sei quem são, mas para quem não conhece e quer saber o nome dos integrantes, não será pelo encarte do disco que a pessoa terá essas informações.
Então, para quem não conhece, abaixo os integrantes atuais do Deep Purple:
Ian Gillian – vocal
Ian Paice – baterista
Roger Glover – baixista
Steven Morse – guitarrista
Don Airey - tecladista
Até a próxima!