sábado, 13 de abril de 2019

Quem foi Little Richard?

Olá amigos, escrever este blog tem sido um verdadeiro desafio, isso porque além de aprender mais sobre música, estou revisitando locais sagrados do rock n’ roll. Falar sobre Richard Wayne Penniman, mais conhecido (bota MAIS nisso) como Little Richard, considerado por muitos (inclusive por mim) como um dos inventores do rock and roll, é mais que uma honra, eu me curvo para cada palavra direcionada a esse "monstro do rock" (para quem é roqueiro 'raiz', sabe que não estou exagerando). Nascido em 05 de dezembro de 1932, na cidade norte americana de Macon (Geórgia), foi na década de 50 que o mundo conheceu o poder da sua voz e também as performances entusiasmantes por onde se apresentava. Sempre (bem) acompanhado de um piano, sua voz grave e rasgada foram marcas registradas em seus cativantes shows. Atualmente com 86 anos, está aposentado dos palcos, fazendo raras aparições em público.

Recentemente adquiri o disco “Little Richard Live”, coletânea lançada em 2006, da série Golden Legends, licenciado pela Madacy Special Products. 


Abaixo as faixas do álbum “Little Richard Live”:

01. Good Golly Miss Molly, duração de 2:10 minutos.
02. Long Tall Sally, duração de 2:07 minutos.
03. Tutti Frutti, duração de 2:24 minutos.
04. Keep a Knockin’, duração de 2:13 minutos.
05. Jenny, Jenny, duração de 2:03 minutos.
06. Rip It Up, duração de 2:23 minutos.
07. Ready Teddy, duração de 2:14 minutos.
08. Slippin’ & Slidin’, duração de 2:42 minutos.
09. Lucille, duração de 2:31 minutos.
10. Lawdy Miss Clawdy, duração de 2:23 minutos.
11. She’s Got It, duração de 2:25 minutos.
12. Why Don’t You Love Me, duração de 3:08 minutos.
13. Hound Dog, duração de 2:20 minutos.
14. Goin’ Home Tomorrow, duração de 3:16 minutos.

Quando me interessei por essa coletânea, prontamente acreditei ser um disco integralmente ao vivo, porém, quando comecei a escutá-lo (com o auxílio do leitor Windows Media Player, que reconhece automaticamente as faixas, caso esteja conectado à internet), pude constatar que apenas as faixas 05, 08, 11 e 12 são tocadas ao vivo. Mas isso não tem problema (ser enganado por uma informação contida em um CD importado!), o importante é ter em mãos um material que contribuiu sobremaneira em todo o processo do que viria a se desenvolver nos anos 60 e 70 e que chamaríamos para sempre de “rock n’ rol”.

Falar sobre as músicas que mais gosto nesse disco é realmente uma tarefa complexa, pois eu gosto de praticamente todas as músicas, não existe uma que não levante poeira, se quiser detonar naquela reunião familiar, pode levar tranquilamente esse álbum e coloca-lo para tocar do início ao fim (garanto que pedirão BIS!). Bom, músicas como “GOOD GOLLY MISS MOLLY”, “LONG TALL SALLY”, “TUTTI FRUTTI” e “LUCILLE”, posso escutar 450 vezes que não me cansarei, é aquele tipo de chiclete que não perde o açúcar (existe?!). Convido vocês a colocar no último volume as faixas “READY TEDDY”, que possui um vocal poderoso, a dançante “WHY DON’T YOU LOVE ME” e por último, sugiro a “KEEP A KNOCKIN’”. Sem rodeios, escutem todas!


Apesar de existir centenas de curiosidades envolvendo Little Richard e sua música, citarei duas que considero bastante relevantes: os ingleses e australianos do AC/DC nos primórdios (aqui falamos de fim dos anos 60 e início dos 70), antes mesmo dos integrantes se apresentarem com esse nome, tocavam músicas do Little Richard em bares e “pocilgas”, tendo construído suas bases com forte influência do nosso amigo americano. Outra banda que também deixa mais que evidente a admiração pelo Little Richard é o Deep Purple, cuja música “Lucille” foi tocada em diversos shows na década de 70 (em versão estendida e muito mais pesada).

Onde encontrar discos do Little Richard no Brasil:

No exterior temos mais opções:
www.ebay.com (na hora de pesquisar, recomendo filtrar apenas por resultados dos EUA, nunca tive problemas com itens adquiridos de lá).

No próximo texto mais um álbum, mais uma banda, mais rock!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

High Voltage

Vamos falar de AC/DC?

Olá amigos apreciadores de boa música! Escrevo esse texto com o auxílio do livro “AC/DC – Maximum Rock & Roll”, escrito por Murray Engleheart e Arnaud Durieux. O primeiro disco de estúdio do AC/DC, intitulado “High Voltage”, foi lançado no dia 17 de fevereiro de 1975, pelo selo Albert e distribuído pela EMI.


Pois bem, o álbum possui as seguintes faixas:

01. BABY, PLEASE DON’T GO, duração de 4:51 minutos.
02. SHE’S GOT BALLS, duração de 4:48 minutos.
03. LITTLE LOVER, duração de 5:38 minutos.
04. STICK AROUND, duração de 4:39 minutos.
05. SOUL STRIPPER, duração de 6:25 minutos.
06. YOU AIN’T GOT A HOLD ON ME, duração de 3:33 minutos.
07. LOVE SONG, duração de 5:18 minutos.
08. SHOW BUSINESS, duração de 4:46 minutos.

Todas as músicas foram escritas pelo trio Angus Young (guitarra solo), Malcolm Young (guitarra rítmica, vocais de fundo, contrabaixo, guitarra solo nas faixas 03, 05, 06 e 08) e Bon Scott (vocais). A única faixa que não teve assinatura do trio foi a 01, escrita por Joe Williams.

Falando sobre música propriamente dita, o disco possui faixas muito boas, aqui destaco as que considero as melhores: STICK AUROUND, como eu amo esses riffs pausados, onde é possível perceber o afinamento, sincronia e harmonia da banda. Em SOUL STRIPPER temos um consistente solo de guitarra que envolve profundamente quem escuta e claro, não posso deixar de destacar o excelente trabalho de base. A balada romântica LOVE SONG (aproveite, veremos muito pouco isso em AC/DC) também merece ser apreciada com um bom headphone, nela podemos sentir um Bon Scott muito devoto a um sentimento ora sincero, ora inquieto (no livro é explicado o motivo).

Querem polêmica? A capa do disco parece inofensiva, mas pense num belo cachorrinho urinando de forma explícita em 1975, outros tempos, outras concepções. Essa capa fez bastante barulho (negativamente) à época. Se você procurar outras resenhas na internet, talvez muito mais subsidiadas, verá que outras músicas do álbum tiveram maior destaque, como BABY, PLEASE DON’T GO ou SHE’S GOT BALLS, gosto delas igualmente (difícil dizer o que não gosto em AC/DC), mas creditei às músicas que realmente mexem comigo, que me fazem correr mais quando estou treinando (acho que vocês me entenderam).

Onde encontrar o CD High Voltage?

A segunda versão do disco é muito fácil de ser encontrada, basta uma rápida pesquisa e você receberá dezenas de indicações de sites brasileiros. Já a capa original (da qual tratamos neste post), é mais difícil de ser localizada, somente no Mercado Livre e com valores acima de 90 reais (que foi aproximadamente o valor da minha compra, quando o adquiri). Para a coleção, é lógico que vale a pena ter, além do mais, foi o primeiro trabalho de uma das bandas de rock n’ roll mais marcantes de todos os tempos.

No Brasil:
No exterior:

No próximo texto mais um álbum, mais uma banda, mais rock!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Começando de algum lugar

Apresentação


Antes de mais nada, uma rápida apresentação: meu nome é Daniel Gonçalves, tenho 34 anos e desde meados de catorze ou quinze anos de idade acompanho essa coisa doida chamada rock and roll. Antes disso, eu não escutava absolutamente nada! Era um nerd sem ouvidos, apenas com orelhas.

O objetivo desse blog não é polarizar opiniões, mas atuar como uma opção para quem busca um som com razoável qualidade. E pode ter certeza de uma coisa: o rock transforma (para melhor) aqueles que se voluntariam a conhecer esse inesgotável universo. Minhas ideias sobre esta página serão formadas ao longo do tempo, não tenho uma estrutura pré-definida, vou postando o que der na telha juntamente com as sugestões dos amigos.

Não tenho profundo conhecimento sobre música igual a nomes como Gastão Moreira, Régis Tadeu, Benjamim Back e outras fontes de imenso respeito, mas tenho por eles muita gratidão pelo conhecimento adquirido por intermédio de colunas escritas e entrevistas ao longo dos anos. Por alguns anos sofri com a possibilidade da decretação da morte do rock no Brasil, mas percebi que isso nada mais era que muita ingenuidade de minha parte, o rock é indestrutível.

Como esse é o capítulo zero, a primeira sugestão que deixo para vocês é escutar o disco que revelou uma das maiores bandas de rock da história: High Voltage, do AC/DC, produzido em 1974 e lançado no início de 1975. A história desse álbum é muito complexa, tendo duas versões, a considerada original e uma alternativa com misturas de gravações de outras músicas feitas à época. Eu possuo a versão “original” e a partir dela gostaria que vocês escutassem e assim iniciarmos esse prazeroso contato com música de verdade!

Forma de entrar em contato comigo: roqueirosemfronteiras@gmail.com

Capa frontal da versão original do primeiro álbum do AC/DC